Sébastien Lecornu assumiu o cargo de premiê da França, prometendo “estabilidade política e institucional que garanta a unidade do país”.
Mais de 145 pessoas foram identificadas pela polícia e ao menos 34 acabaram detidas durante manifestações em várias cidades da França, nesta quarta-feira (10), data que marcou a posse de Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro do país. Os atos foram convocados pelo movimento “Bloquear Tudo”, de orientação majoritariamente à esquerda, e mobilizaram cerca de 80 mil agentes de segurança em território francês.
Em Paris, manifestantes tentaram invadir a estação de trem Gare du Nord, sendo contidos pela polícia antes que cerca de mil pessoas entrassem no local. Também houve tentativa de bloqueio em uma das principais vias da capital durante o horário de pico, onde grupos ergueram barricadas e lançaram objetos contra as forças de segurança, segundo relatos da France24, da Associated Press e Agência Reuters.
Em Marselha, a polícia impediu o bloqueio de uma rodovia por cerca de 200 manifestantes. Já em Bordéus, o ministro do Interior, Bruno Retailleau, afirmou que cerca de 50 pessoas encapuzadas iniciaram uma tentativa de interdição, também frustrada. No sudoeste da França, um incêndio — rapidamente controlado — interrompeu o tráfego entre Toulouse e Auch.
A concessionária Vinci reportou protestos e obstruções no tráfego em outras cidades como Montpellier, Nantes e Lyon.
#BREAKING 🚨🔥🇫🇷
Anti Macron protests is getting out of hand in France. There are major Clashes With Police On The Streets Of Paris and Other Major Cities.Protestors are demanding immediate resignation from Macron and general elections.
France must put Le Pen in charge… pic.twitter.com/0iRKxVFvbt
— Frankie™️🦅 (@B7frankH) September 10, 2025
Mudança de governo sob tensão
Sébastien Lecornu assumiu o cargo prometendo “estabilidade política e institucional que garanta a unidade do país”. A nomeação ocorre após a saída de François Bayrou, que perdeu um voto de confiança no Parlamento na última segunda-feira (8). Lecornu é o sétimo premiê nomeado por Emmanuel Macron desde 2017, o terceiro em apenas um ano.
A decisão de Macron de nomear um aliado político próximo em meio a crescentes tensões sociais foi classificada por opositores como uma “bofetada”. Um dos slogans mais entoados nos protestos foi “precisamos de mudança”.

