Homem com H ultrapassou os 600 mil espectadores em pouco mais de um mês de exibição. A cinebiografia de Ney Matogrosso, dirigida e roteirizada por Esmir Filho, se tornou um sucesso popular além das expectativas. Um feito expressivo, considerando que não se trata de uma comédia — gênero que geralmente domina as bilheterias —, mas de um retrato sensível e potente sobre um artista revelado há mais de meio século e ainda em plena atividade, às vésperas de completar 84 anos.
Embora não exista uma fórmula exata para o sucesso de um filme, algumas conjunções ajudam a explicar o êxito de Homem com H. A produção alia a trajetória extraordinária de Ney Matogrosso à impressionante atuação de Jesuíta Barbosa. A história de vida do cantor — marcada por ousadia, resistência e reinvenção em uma sociedade historicamente homofóbica — é tão intensa que parece ficção. E o talento de Jesuíta faz essa jornada ganhar ainda mais força na tela.
Desde os primeiros trailers, Jesuíta fascina ao incorporar Ney. O trabalho corporal é impecável, mas é na expressão da alma que o ator realmente brilha. Em cada olhar, gesto, trejeito e fala, ele se funde ao personagem com uma entrega que emociona. Jesuíta é Ney — não há exagero em dizer.
A combinação de uma história poderosa com uma atuação arrebatadora gerou um boca-a-boca positivo que impulsionou o longa. Homem com H se tornou uma unanimidade entre o público. E mesmo com bom desempenho nos cinemas, o filme estreia em breve na Netflix: a partir de 17 de junho, estará disponível na plataforma de streaming, o que deve ampliar ainda mais sua audiência e o coro de elogios.
Confira trailer oficial:

