Pesquisa Genial/Quaest revela queda nas intenções de voto do presidente e redução nas margens contra principais adversários.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue na liderança em todos os cenários testados pela nova pesquisa Genial/Quaest, mas a distância em relação a Jair Bolsonaro (PL) — mesmo inelegível — diminuiu a ponto de configurar empate técnico no segundo turno. O levantamento, divulgado nesta quinta-feira (13), foi realizado entre os dias 6 e 9 de novembro com 2.004 entrevistados em todo o país e apresenta margem de erro de dois pontos percentuais.
No primeiro turno, Lula aparece com variações entre 31% e 39%, a depender do adversário. Em outubro, oscilava entre 35% e 43%, sinalizando uma queda gradual nas intenções de voto. Ainda assim, mantém-se à frente de todos os possíveis concorrentes testados.

Disputa acirrada no segundo turno
A simulação de segundo turno contra Bolsonaro revela o cenário mais apertado: 42% para Lula e 39% para Bolsonaro, dentro da margem de erro, e bem próximo do empate estatístico. No mês anterior, a diferença era de 10 pontos percentuais (46% a 36%).
Outros nomes cotados para 2026 também aparecem com aproximação: Lula tem 38% contra 33% de Ciro Gomes (PDT), 41% frente a 36% de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e 40% contra 35% de Ratinho Júnior (PSD). Em outubro, essas margens eram mais confortáveis, com vantagem de 9 a 13 pontos percentuais.

Queda na pesquisa espontânea e aumento da indecisão
No cenário espontâneo — quando não são apresentados nomes —, o presidente também sofreu recuo: de 19% para 14%. A parcela de indecisos cresceu de 69% para 72%, reforçando o grau de incerteza do eleitorado neste momento.
A sondagem captou o clima pós-megaoperação da Polícia Militar do Rio de Janeiro, realizada no fim de outubro, que resultou em 121 mortes.
Em outra pesquisa Genial/Quaest publicada na quarta-feira (12):
- 57% dos entrevistados disseram discordar da fala de Lula classificando a ação como “desastrosa”;
- Outras 38% concordaram com a operação.
- Além disso, 67% afirmaram que a polícia não exagerou na força empregada durante a operação.

