Ministro do STF dá cinco dias para defesa apresentar exames e prontuários que comprovem diagnóstico de Alzheimer do general, preso no caso da trama golpista.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para que a defesa do general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), apresente documentos complementares comprovando que ele convive com Alzheimer desde 2018.
Heleno, de 78 anos, foi preso nesta terça-feira (25) no caso da trama golpista envolvendo o Exército e a Polícia Federal e está detido no Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Exame médico e pedido de prisão domiciliar
O exame de corpo de delito registrou que o general apresenta perda de memória recente importante, prisão de ventre e hipertensão, em tratamento medicamentoso (polifarmácia). A defesa solicitou prisão domiciliar por motivo de saúde, e a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou a medida humanitária.
Solicitação de documentos
No despacho, Moraes pediu:
- Exame inicial de 2018 que identificou sintomas de demência mista (Alzheimer vascular), incluindo prontuários;
- Documentos de consultas médicas e acompanhamento da evolução da doença;
- Informações sobre os médicos que acompanharam o tratamento.


Quem é Augusto Heleno
Augusto Heleno foi ministro do governo de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2022. Ele foi condenado a 21 anos de prisão por integrar o núcleo de uma organização criminosa que tentava manter o ex-presidente no poder após a derrota nas urnas.

