Cantor, compositor, ator e bailarino, Sidney Magal é um artista múltiplo e completo! Completando 75 anos de vida nesta semana, o nosso eterno Amante Latino eternizou diversos grandes hits em sua voz, nos seus mais de 50 anos de carreira. Hoje, vamos relembrar os 5 maiores sucessos de Sidney Magal.
Sobre Sidney Magal
Super performer da nossa música, o artista carioca nasceu Sidney Magalhães, no Rio de Janeiro, em 19 de junho de 1950.
Começou sua carreira na música com a intenção de cantar bossa nova, mas Vinicius de Moraes – que era primo de sua mãe – o desaconselhou por conta de seu porte e de sua beleza.
Sidney Magal conta que o poeta lhe aconselhou: “Olha, vou te dizer uma coisa, numa boa. Você é garoto novo e tal, mas se eu tenho esse tipo físico, essa beleza, esse charme com as mulheres, eu não estava fazendo Bossa Nova, sentado num banquinho, não estava compondo dentro de casa, tomando meu whisky. Eu estava me jogando pra galera mesmo e sendo um ídolo popular”.
O garoto começou então cantando rock, samba, música italiana e francesa. Sob o nome Sidney Rossi, chegou a gravar um compacto para a CBS intitulado “Tema de Amor”, mas a canção não obteve sucesso.
Partiu então para a Europa em 1971, onde excursionou com um grupo folclórico de música brasileira. No ano seguinte, voltou ao Brasil e começou a se apresentar em bares, churrascarias e casas de strip-tease.
Foi em uma churrascaria na Barra da Tijuca que Sidney foi descoberto pelo produtor argentino Roberto Livi, contratado da Philips/PolyGram que buscava um “Sandro de América brasileiro”. Sandro de América era um cantor argentino muito famoso na América Latina.
Roberto transformou Sidney para que ele adotasse o estilo cigano de se vestir e se apresentar e controlava seu repertório e sua participação em entrevistas.
O primeiro sucesso de Sidney Magal foi o compacto “Se Te Agarro Com Outro Te Mato”, música que o cantor baniu do seu repertório há muitos anos, por ter uma letra que incitava a violência física à mulher.
Incorporando elementos da música cigana, da música disco e da música latina, o artista se tornou presença constante em programas populares de televisão.
Em seus dois primeiros álbuns, em 1977 e 1978, Magal lançou quatro imensos sucessos, que tornaram-se hits absolutos de sua carreira: do primeiro, “Meu Sangue Ferve Por Você” e “Amante Latino”, e do segundo: “Sandra Rosa Madalena, a Cigana” e “Tenho“.
“Meu Sangue Ferve Por Você” é uma versão de Serafim Costa Almeida para a canção “Melody Lady”, composta por Freddie Neyer e Jack Arel, em 1973, e que também recebeu uma adaptação (chamada “Mélancolie”) dos franceses Claude Carrère e Katherine Pancol.
E “Amante Latino” é uma versão em português – de Antônio Carlos – para o sucesso de mesmo nome, do argentino Rabito.
Já “Sandra Rosa Madalena, a Cigana”, um dos maiores sucessos de Sidney Magal, é uma composição de Robert Livi e M. Cidras, e “Tenho” é uma versão do próprio Sidney Magal para a canção “Tengo“, de Sandro e Oscar Anderle.
Essas músicas consagraram Sidney Magal como um dos principais representantes da música popular brasileira e principalmente daquela chamada “música brega”.
Por conta de sua pose de grande galã, sempre atuando com uma sensualidade aflorada, Sidney Magal passou a sofrer muito assédio das fãs – que o agarravam e arrancavam pedaços da sua roupa – e, para escapar delas e conseguir chegar ao palco dos locais em que se apresentava em segurança, ele precisava entrar pelas portas dos fundos.
Quando a carreira de Sidney Magal atingiu o ápice do sucesso e ele passou a fazer até três shows por noite, uma ambulância foi contratada para garantir que ele chegasse aos compromissos a tempo.

Artista multimídia – já tendo atuado em filmes, televisão, teatro e trabalhos de dublagem – sua carreira no cinema também começou por influência de Roberto Livi, que queria fazê-lo um artista multimídia como Roberto Carlos.
Paulo Coelho, que havia acusado Sidney de ser um “cigano de araque” na letra da canção “Arrombou a Festa 2” – composta em parceria com Rita Lee e lançada no álbum da cantora de 1979 – foi contratado para escrever o roteiro de “Amante Latino”, a estreia de Sidney no cinema como protagonista, neste mesmo ano. O filme levou 800 mil pessoas aos cinemas, número considerado expressivo na época.
Em 1980, a gravadora Philips quis mudar o estilo de Sidney Magal, transformando-o em um cantor romântico, sem a persona cigana. O primeiro disco desta fase, “O Amor Não Tem Hora Para Chegar”, foi um fracasso de vendas, fez despencar a demanda por shows e culminou no fim da parceria entre Sidney e Roberto.
Um dos pontos altos da popularidade do artista foi quando – no início dos anos 1990 – a explosão da lambada fez Sidney Magal tornar-se um dos maiores ícones desta época, explodindo novamente com a música “Me Chama Que Eu Vou” (composição de Torcuato Mariano e Cláudio Rabello), que foi inclusive tema da novela “Rainha da Sucata”, da Rede Globo, em 1990.
Magal lançou 18 álbuns e três DVDs durante toda a sua carreira, sendo o mais recente um ao vivo em 2018, celebrando seus 50 anos de carreira. Dublou filmes como “Meu Malvado Favorito 2” (2012) e “Divertida Mente” (2015) e participou de novelas globais como “Da Cor do Pecado” (2004), “Bang Bang” (2006) e “Espelho da Vida” (2019), além do reality “The Masked Singer”, em 2021.
Em 2020, ano em que o cantor completou 70 anos, o documentário “Me chama que Eu Vou”, dirigido por Joana Mariani, ganhou um Kikito no Festival de Gramado, na categoria de melhor montagem. O filme abriu a vida privada do cantor – casa, coleções de roupas, cotidiano e família – para os fãs e interessados.
Em 2022 foi lançada a biografia de Magal, escrita por Bruna Ramos da Fonte, intitulada: “Sidney Magal: Muito mais que um amante latino”. Esse livro, ainda, deu origem, também em 2022, a um musical de mesmo título.
Em 2024 foi lançado o filme “Meu Sangue Ferve por Você”, sobre a história de amor entre o cantor e sua esposa, Magali.
Fizemos uma playlist especial com os maiores sucessos de Sidney Magal para vocês.
Os 5 maiores sucessos de Sidney Magal
- 1 – Meu Sangue Ferve Por Você
- 3 – Sandra Rosa Madalena, a Cigana
- 5 – Me Chama Que Eu Vou

