Operação cumpre ordens judiciais e identifica vítimas após rastreamento bancário
A Polícia Civil de Campinas prendeu cinco suspeitos ligados a um esquema do golpe do falso advogado durante uma operação realizada nesta quarta-feira (26) em Ribeirão Preto, no interior de SP. A ação foi deflagrada depois que uma moradora de Campinas perdeu R$ 50 mil ao acreditar que pagaria taxas judiciais para destravar uma suposta causa na Justiça.
As apurações indicam que os articuladores do esquema operavam com base na região de Ribeirão Preto, utilizando dados de processos reais para conferir aparência de legitimidade ao contato com as vítimas.
Os investigadores afirmam que o grupo exigia depósitos sob o argumento de quitação de tributos, prática que se repetia em diferentes cidades.
Operação e mandados
Batizada de “Spes Vana”, a ofensiva policial cumpriu nove mandados de prisão temporária e dez ordens de busca e apreensão. Até a última atualização, cinco alvos já haviam sido detidos; os nomes não foram divulgados pela corporação. A polícia reforça que as diligências continuam para localizar os demais investigados.
Com a quebra do sigilo bancário dos suspeitos, foram identificadas contas usadas na movimentação dos valores obtidos com o golpe.
O rastreamento permitiu localizar novas vítimas e ampliar o escopo da investigação. “As buscas seguem para alcançar todos os envolvidos”, informou a Polícia Civil.
Golpe do falso advogado
O golpe do falso advogado já é uma prática criminosa corriqueira na era digital no Brasil. Trata-se de um esquema fraudulento que utiliza engenharia social para persuadir as vítimas, à fornecer informações pessoais e realizar pagamentos. A prática levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a criar uma cartilha de alerta sobre isso (confira aqui).
Recentemente, a Mendes Advogados de Bom Jesus dos Perdões, na Região Bragantina, denunciou que golpistas estariam se passando por profissionais do escritório de advocacia: “Golpistas estão se passando por advogados do Mendes Advogados Associados. Nós NUNCA pedimos depósitos urgentes, códigos ou dados pessoais por mensagem.”
