A MPB — Música Popular Brasileira — é um dos maiores patrimônios culturais do país. Mas, mais do que um gênero musical, a MPB é uma escola. Um espaço de formação emocional, estética, política e identitária. Uma aula aberta sobre quem somos, sobre como sentimos, sobre como resistimos.
Quando falamos de MPB, falamos de uma linhagem poderosa de artistas negros que construíram os pilares da música nacional: Clementina de Jesus, Djavan, Gilberto Gil, Milton Nascimento, João Bosco, Elza Soares, Tim Maia, Alcione — a lista é infinita. São artistas que transformaram vivências em arte e fizeram do Brasil uma potência sonora mundial.
A MPB educa sem parecer aula. Ensina sem levantar o dedo. Em suas letras, há poesia, filosofia, crítica, afeto. Há histórias de amor, de luta, de política, de espiritualidade. Há tudo. E esse “tudo” é justamente o que faz dela uma escola.
Para as novas gerações, a MPB continua sendo referência. Artistas contemporâneos como Liniker, IZA, Russo Passapusso, Luedji Luna, Tássia Reis e Agnes Nunes carregam essa herança e reinventam o gênero com uma identidade renovada. É a prova de que a MPB não é algo do passado é algo vivo, pulsante e em constante transformação.

A MPB é escola para todos porque nos ensina a sentir, a pensar, a lembrar, a questionar e a celebrar. Ela reflete nossos conflitos, nossas belezas e nossas contradições. E, sobretudo, nos lembra de que a música é uma forma de memória e resistência.
Quem escuta MPB aprende sobre o Brasil não o Brasil idealizado, mas o real. Aprende sobre as dores e as alegrias de um povo múltiplo. Aprende sobre humanidade. Por isso, a MPB permanece: porque é necessária. Porque é verdade. Porque forma.

