Donald Trump assinou nesta quarta-feira (30), o decreto executivo que eleva em 40 pontos percentuais a tarifa sobre importações brasileiras, chegando a 50 %. A medida, baseada na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA) de 1977, foi justificada pela Casa Branca como resposta a políticas brasileiras consideradas ameaça à segurança, à economia e à liberdade de expressão nos EUA. Ainda segundo a Casa Branca, o decreto entra em vigor no próximo dia 6 de agosto.
A ordem também sancionou o ministro do STF Alexandre de Moraes sob a Lei Magnitsky, congelando ativos e restringindo visto. Diversos setores brasileiros, como café e carne, foram incluídos na tarifa, mas produtos como suco de laranja, aeronaves da Embraer, fertilizantes e energia receberam isenções específicas.
Autoridades brasileiras classificaram a medida como chantagem política e se comprometeram a recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), além de estudar retaliações econômicas e tarifárias.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil não será tutelado e está disposto a negociar como país soberano, enquanto analistas apontam que o “tarifaço” eleva tensões dentro do bloco dos BRICS e pode abalar o comércio global.
A escalada comercial também gerou reação internacional e opiniões críticas. Um editorial da Times Union sustenta que a decisão de Trump é movida por alianças políticas pessoais, com impacto negativo para consumidores e empresas americanas. Especialistas alertam que a escalada de tarifas no segundo governo Trump já ameaça a estabilidade econômica global, e o Brasil promete resistir às pressões.

